domingo, 26 de abril de 2009

Francisca Trindade


Em 27 de julho de 2003, o Piauí sofreu a perda de Francisca Trindade, a mulher de maior destaque na política local. Durante seu discurso na Conferência Estadual da Pesca, ela sentiu-se mal e sofreu um Acidente Vascular Cerebral - AVC - e acabou falecendo, aos 37 anos.

Envolvida com movimentos políticos desde a adolescência, Francisca Trindade participou de militâncias populares em seu bairro, Água Mineral. Entre outros feitos, ela foi a responsável pela criação da Associação de Moradores do bairro, presidindo a mesma por duas gestões.

A política de fato apareceu em sua vida em 1985, quando Francisca Trindade afiliou-se ao Partido dos Trabalhadores - PT. A primeira candidatura ao cargo de vereadora de Teresina surgiu no ano de 1992, quando obteve 998 votos. Com o número, ficou como primeira suplente do vereador Wellington Dias, assumindo o cargo pouco tempo depois.

O trabalho intensivo da vereadora Francisca Trindade resultou em ações positivas, e em projetos de relevância para a sociedade, como o Disque Mulher Cidadã. Os trabalhos lhe renderam, em 1995, destaque como parlamentar de maior atuação. Em 1996, novamente candidata à uma vaga na câmara, ela obteve 4.270 votos, e torna-se a parlamentar mais votada da história do Estado.

Em 1998, repetiu novamente o feito, sendo eleita deputada estadual com mais de 26 mil votos. Nas lutas de Francisca Trindade, ela destacava a transparência do poder legislativo e contra a corrupção nos órgãos públicos.

Teve destaque também quando se tornou candidata à deputada federal. Com mais de 165 mil votos, ela foi, novamente, a mais votada da história do Piauí.

Francisca Trindade lutou pela igualdade social, por melhores condições à população, por mais oportunidades aos necessitados, ou seja, por um Piauí cada vez melhor. As idéias da petista aproximavam os anseios, desejos e necessidades da população da solução.

O Piauí perdeu não somente uma grande política, mas uma mulher de destaque em todos os sentidos!

domingo, 12 de abril de 2009

Fernanda Montenegro, a atriz com "rosto de borracha"




Arlette Pinheiro de Monteiro Torres. Com esse nome, um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira passaria despercebido. Nascida no subúrbio do Rio de Janeiro, Arlete preferiu aderir ao pseudônimo de Fernanda Montenegro: o primeiro porque, de acordo com ela, tinha uma sonoridade que remetia aos personagens dos romances de Balzac ou Proust; o segundo, ela “herdou” de um médico famoso por realizar ‘milagres’. Assim nasceu Fernanda Montenegro.

A relação com a mídia brasileira teve início antes mesmo dos 20 anos, quando começoua trabalhar nas rádios como locutora e, mais tarde, fazendo traduções e adaptações de peças literárias para o formato de radionovelas, e atuando coomo "radioatriz".

O amor pelo teatro surgiu a partir da primeira peça, “Alegres canções nas montanhas”, em 1950, onde atuou ao lado do marido, Fernando Torres. Ainda nestes anos, atuou pela primeira vez em TV, em programas de teledramaturgia policial.

Ainda na década de 60, Fernanda participou de mais de 170 episódios do programa “Grande Teatro Tupi”. Em 1964, a jovem atriz estreou no cinema brasileiro, atuando no filme “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Leon Hirszman. Mas foi em 1979 que teve início o grande reinando de Fernanda Montenegro na televisão brasileira.

A partir daí, estão em seu currículo alguns dos grandes sucessos da TV, como: Baila Comigo (1981), de Manuel Carlos; Guerra dos Sexos (1982), de Gilberto Braga; Rainha da Sucata (1990), de Sílvio de Abreu; Renascer (1994), de Benedito Ruy Barbosa; Zazá (1997), de Jorge Fernando; entre outros.

No cinema, o auge da atriz veio com o filme “Central do Brasil”, de Walter Salles. A produção brasileira recebeu a indicação ao Oscar, ao Globo de Ouro, ao Urso de Prata, na categoria de Melhor atriz, além de garantir o título na mesma categoria no festival de Havana. Além dessas, o currículo de Fernanda Montenegro conta com várias outras indicações e prêmios garantidos por seu talento.

Diante de toda sua grandiosidade, Fernanda ainda se considera convencional. “Pertenço a uma geração não romântica, sem vedetismos. Não gosto de intérprete que só trabalha quando o centro do palco é seu. Também odeio elencos subservientes. Gosto de trabalhar com atores potentes, que participam do ritual, livres da competição destruidora”.

E o apelido "rosto de borracha", surgiu por conta de sua versatilidade e capacidade de adaptar-se aos seus personagens com facilidade, por mais desafios que isso pudesse representar.

Mais um exemplo de mulher, para as mulheres desse mundo.

domingo, 5 de abril de 2009



Pôlemica e talentosa. Assim pode ser caracterizada uma das maiores jornalistas do Brasil: Glória Maria. Nascida no Rio de Janeiro, a então estudante começou a trabalhar como telefonista. Formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, ela começou a trabalhar na área, já na rede Globo. Glória prestou serviços à emissora sem receber remuneração durante uma ano, até que foi contratada.

Trabalhando como repórter, ela passou por diversos telejornais da emissora. Como apresentadora, esteve na bancada de jornais como: RJTV, Jornal Hoje, Jornal Nacional, e Globo Repórter, além de outros. Durante o Governo Médici, na Ditadura Militar, chegou a ter desentendimentos com militares por querer "furar as barreiras".

Em 1986, passou a fazer matérias para o programa dominical "Fantástico", também na Globo. Em 1998, assumiu de vez a apresentação da revista eletrônica. De acordo com Glória Maria, a jornada até aí não foi nada fácil. "Já sofri preconceitos por ser mulher, negra e por ter vindo de família pobre. Mas fui vencendo todos eles com trabalho, dignidade e humildade", afirma.

A carreira da jornalista foi marcada por grandes reportagens especiais, como a viagem ao Deserto do Saara, ou à Jerusalém, quando percorreu o caminho feito por Jesus Cristo, de Israel ao Egito. Também cobriu, em 1982, a Guerra das Malvinas.

No final de 2007, Glória Maria foi afastada da apresentação do Fantástico por motivos não esclarecidos. Desde então, ela dedica seu tempo a viagens, projetos pessoais e ao seu livro, que contará fatos pessoais e profissionais. "Tenho 30 anos de jornalismo. Vou contar minha trajetória pessoal e profissional. Mas ainda não é uma biografia. Isso fica para depois", garante a jornalista.